Muito ouvimos falar sobre Psicologia no dia-a-dia. Essa é uma daquelas disciplinas que já fazem parte do nosso cotidiano, sendo amplamente abordadas nos meios de comunicação, nos filmes, livros, conversas com amigos etc. Apesar de tanto falarmos sobre Psicologia, poucas pessoas sabem que a Psicologia, na verdade, se divide numa infinidade de campos de pesquisa, com formas bastante distintas de compreender o ser humano.
Cada campo da Psicologia acaba também tendo uma maneira própria e diferente de estudar o “psicológico” humano. Alguns campos recorrem a pesquisa científica nos modelos que a medicina emprega, outros acreditam que a melhor maneira são estudos de casos, outros se aproximam mais da discussão sociológica, enfim, uma infinidade de Psicologias também apresenta uma infinidade de maneiras de estudar e aprimorar o conhecimento.
A Psicologia Clínica não é diferente. Mesmo ela se apresentando como um campo do conhecimento, também apresenta uma estrutura fragmentada em diversas formas de conhecimento distintas. Ela possui uma série de abordagens de tratamento, com técnicas, formas de entender o homem, modelos teóricos, intervenções e posturas diferentes.
Cada abordagem vai propor uma forma de entender o sofrimento das pessoas, e vai propor um tipo de tratamento diferente.
Psicanálise, Psicodinâmica, Cognitivo-Comportamental, Humanista, são algumas das abordagens que encontramos em diversos consultórios de Psicologia Clínica espalhados pelo Brasil. Cada uma com sua forma singular de compreender o ser humano.
Então, se existem tantas formas diferentes de tratar a mesma questão, como fazemos para escolher a abordagem? Ou como fazemos para saber se aquela forma é uma boa maneira de melhorar o que eu estou sentindo? Nesse momento de grande variedade, uma das possibilidades é nos apoiar na área do conhecimento que mais vem mostrando resultados ao longo do tempo: a Ciência.
Dentro da Psicologia, existem abordagens que possuem uma preocupação em estudar e provar que suas práticas, modelos e intervenções funcionam para o tratamento de uma determinada condição. Essas abordagens buscam compreender qual é a melhor forma de estudar o assunto e produzir a maior quantidade possível de dados, para que assim possamos saber o que funciona, quando funciona, como funciona e em que situações isso pode funcionar.
Entre as abordagens que mais apresentam dados para mostrar sua eficácia estão as Terapias Cognitivo-Comportamentais (no plural, porque mesmo essa abordagem se divide em diversas terapias diferentes, mas que compartilham o pressuposto de que os pensamentos afetam os comportamentos das pessoas). Essas abordagens vêm sendo estudadas há muito tempo e existe uma quantidade colossal de pesquisas que demonstram uma boa eficácia no tratamento de diversos problemas, como ansiedade, depressão, dependência química, entre muitos outros. Inclusive, em alguns países, a Terapia Cognitivo-Comportamental é considerada como o tratamento mais indicado para vários desses transtornos.
As Terapias Cognitivo-Comportamentais são abordagens com grande solidez e muitas pesquisas apontando sua eficácia, podendo ser uma abordagem de tratamento para muitas formas de sofrimento humano, auxiliando as pessoas a construírem uma forma de vida que funcione para elas, que seja mais plena e feliz.